16 perguntas que podem revelar se você é um sociopata
‘Confissões de Uma Sociopata’ é um livro de M. E. Thomas, que fala sobre como é ser-se um sociopata. Faça o testePor Marta Gonçalves MirandaOs sociopatas podem ser sedutores e envolventes. Correr riscos que muitos de nós seriam incapazes de correr. Ter uma atitude corajosa e até emocionante. Socialmente, muitos deles são líderes, a verdadeira alma da festa.
Mas eles também são pessoas frias. Que não sentem empatia, afeição ou culpa. E, muitas vezes, estão a um passo de se tornar naquilo que os psicólogos costumam chamar de psicopatas – pessoas criminalmente vingativas, cuja única motivação é tirar proveito dos mais fracos.
M. E. Thomas, pseudónimo escolhido pela autora para assinar o livro, é uma sociopata. Em ‘Confissões de Uma Sociopata’, ela descreve alguns episódios perturbadores da sua própria vida. Como quando um gambá bebé caiu na piscina da sua casa, e Thomas ficou a vê-lo afogar-se só porque teve preguiça de o salvar com a rede. Noutro capítulo, a autora descreve também um sonho que tem recorrentemente, onde mata o pai com as suas próprias mãos – porque o odeia.
Thomas é professora de direito, tem filhos e é uma profissional de sucesso. Ou pelo menos é o que ela diz – mentiras elaboradas são uma das especialidades dos sociopatas. No livro, a autora aproveita o perfil clínico criado pelo psicólogo Hervey Cleckley em ‘A Máscara de Sanidade’ (1941). “Em nenhum outro lugar eu consegui reconhecer tão bem o sociopata que vive dentro de mim”, escreveu.
1. Considera-se superficialmente charmoso e inteligente?Para os sociopatas, a resposta para esta questão seria “sim”.
2. Costuma ter delírios ou outros sinais de pensamento irracional?Um sociopata diria que não. Eles são extremamente racionais.
3. Você é excessivamente nervoso, ou sofre de outras neuroses?Os sociopatas raramente estão nervosos ou ansiosos. Eles não têm medo do risco.
4. Você é de confiança?Os sociopatas não são.
5. Você costuma mentir ou dizer coisas em que não é sincero?Os sociopatas sentem-se confortáveis a mentir quando lhes convém.
6. Você sente remorsos ou vergonha?Os sociopatas raramente lidam com sentimentos de culpa.
7. Você é anti-social, sem ter uma razão que o leve a isso?Os sociopatas podem ter um “comportamento anti-social inadequadamente motivado”, escreve Cleckley.
8. Você não consegue aprender com a experiência?Os sociopatas acham sempre que são mais espertos do que os outros, e não aprendem com a punição.
9. Considera-se patologicamente egocêntrico e incapaz de amar?Os sociopatas são assim.
10. Você tem dificuldades em reagir emocionalmente às situações?Os sociopatas não experimentam as emoções da mesma forma que as outras pessoas.
11. Tem dificuldades em reflectir?Os sociopatas têm. Eles não costumam parar para pensar nas suas atitudes e comportamentos.
12. Você consegue responder aos outros socialmente?Frequentemente, os sociopatas têm de fingir as suas reacções e respostas aos outros, de modo a não serem “detectados”.
13. É viciado em festas?Os sociopatas conseguem inserir-se de forma extraordinária nos ambientes festivos, segundo Cleckley. Thomas acrescenta ainda que os sociopatas anseiam mais por relações sexuais esporádicas e sem significado do que o resto das pessoas.
14. Você costuma fazer falsas ameaças de que se vai suicidar?Os sociopatas são extremamente dramáticos.
15. A sua vida sexual resume-se a relações esporádicas, impessoais e triviais?Os sociopatas não conseguem envolver-se emocionalmente com os outros.
16. Tem dificuldade em seguir os planos que traçou para a sua vida?Os sociopatas têm dificuldade em manter um trabalho durante muito tempo, uma vez que isso exige obrigações a longo prazo com os outros.
Não existe uma forma infalível de fazer o diagnóstico desta doença, porém os sociopatas teriam tendência para mentir em testes como estes. Se reconheceu algumas destas características em si (ou em outra pessoa), deve procurar a ajuda de um profissional. Thomas realça que muitos sociopatas conseguem ajustar-se à patologia, e dentro das suas limitações sociais, levar uma vida “normal”.
Fonte: Revista Sábado